Como funciona o ensaio de resistência ao fogo em ambientes seguros da Envolve

out 18, 2022, 18:41 by Equipe de Comunicação Envolve
Como funciona o ensaio de resistência ao fogo em ambientes seguros da Envolve

 

O aumento dos riscos de incêndios é proporcional ao desenvolvimento urbano de qualquer município. A maior concentração de materiais combustíveis, máquinas e equipamentos, aliado ao desenvolvimento tecnológico e industrial, trouxe modificações aos sistemas construtivos urbanos, usando novos materiais mais leves e flexíveis, porém mais vulneráveis a incêndios. 

Como consequência, aumentou-se o risco de perda patrimonial e de informações cruciais para a sobrevivência dos negócios. Como forma de suprir a necessidade de maior segurança para casos como esses, tanto em órgãos governamentais quanto nas corporações privadas, os ambientes seguros têm se tornado cada vez mais requisitados, mediante o uso de diversas soluções tais como: salas seguras, containers, datacenters modulares, racks seguros, entre outros. 

A Envolve Ambientes Seguros é certificada conforme as principais normas de segurança física, protegendo contra diversos tipos de ameaças, como fogo, água, poeira e gases corrosivos, arrombamentos e campos eletromagnéticos. Neste artigo, vamos mostrar como funcionam os ensaios de resistência contra incêndios e suas principais normas para obtenção das certificações. 

Características de um ambiente seguro certificado de resistência ao fogo 

Um ambiente seguro contra fogo e incêndio possui paredes construídas com painéis e porta certificados por órgãos reguladores. O ambiente seguro precisa resistir ao fogo durante determinado tempo sem perder as características que garantem a capacidade de conter os efeitos de um incêndio, preservando a estanqueidade, isolamento térmico e estabilidade. 

Para cumprir esses requisitos, as paredes do ambiente seguro devem ser construídas com painéis corta-fogo certificados pela norma NBR 10636. Essas estruturas são compostas por chapas de aço, preenchidas internamente por mantas e elementos isolantes.  

Por sua vez, a norma NBR 6479 traz as especificações de como devem ser as portas dos ambientes seguros, com proteção contra fogo. Ambas as normas estabelecem os testes de resistência ao calor pelos quais essas estruturas devem passar. 

Em um ambiente seguro, como uma sala segura, o ensaio de resistência ao fogo é realizado com a construção de um corpo de prova (painéis e porta) com dimensões conforme descritivo da norma e acoplados a um forno especial com controle de temperatura e medições realizadas através de termopares que indicam a temperatura do forno e da superfície não exposta as chamas. 

O ensaio de resistência ao fogo de paredes e divisórias não estruturais são descritos na NBR 10636. Durante e depois desse período de teste, o corpo de prova passa por uma avaliação de resistência, pela ação do fogo. O ensaio comprova por quanto tempo o material testado permanece íntegro às chamas em determinadas condições de temperatura e pressão. Sendo aprovado nessa avaliação, o painel recebe a certificação da NBR 10636, em vários níveis de resistência sempre vinculado ao tempo de exposição. 

Normas de ensaio de resistência ao fogo  

A Envolve Ambientes Seguros obteve a certificação de resistência ao fogo de 60 minutos até 240 minutos, conforme as seguintes normas que simulam um incêndio e a ação dos bombeiros no combate às chamas. 

NBR 10636:1989 

Esta norma prescreve o método de ensaio de resistência ao fogo para paredes e divisórias sem função estrutural, com ou sem porta, suportarem o fogo e proteger contra a sua ação. Classifica o produto nas características de Estabilidade, Estanqueidade e Isolamento Térmico, com graduação corta-fogo CF 15 até CF 360. 

NBR 6479:1992 

Esta norma prescreve o método do ensaio de resistência ao fogo para portas e vedadores suportarem o fogo e proteger ambientes contíguos contra sua ação. É caracterizada pela capacidade de confinar o fogo (Estanqueidade e Isolamento Térmico) e manter a Estabilidade, com graduação corta-fogo conforme a norma NBR 10636 

ASTM E2226-15b:2016 

Fornece proteção contra penetração de água por ação de jato d’água após exposição ao fogo por até 240 minutos de acordo com a norma ASTM E2226-15b:2016. 

Testes de estabilidade, estanqueidade e isolamento térmico em um ambiente seguro 

De acordo com a norma NBR 10636, estabilidade, estanqueidade e isolamento térmico são as características físicas que garantem que as paredes e divisórias não estruturais de um ambiente seguro ficarão protegidas dos efeitos prejudiciais do fogo, como o calor por chamas ou gases quentes.  

Estabilidade 

Estabilidade é a característica da parede ou divisória de se manter íntegra, sem deformações, trincas, curvaturas ou colapsos causados pelo fogo. Essas alterações são anotadas durante todo o andamento do teste de certificação, demonstrando o comportamento do material conforme a temperatura aumenta. 

No teste de estabilidade, o corpo de prova precisa resistir à ação do fogo sem apresentar sinais de perda da integridade física. Por isso, durante toda a avaliação, deformações, alterações de curvatura e trincas que surgem são medidas e analisadas. Se o corpo de prova demonstrar instabilidade, é reprovado. 

Além disso, a amostra só é considerada estável se passar ainda por um teste de resistência a choques mecânicos realizado três minutos antes do encerramento do ensaio. Para ser considerado estável, o corpo de prova não pode entrar em colapso. 

Estanqueidade 

Estanqueidade é a capacidade que a parede de um ambiente seguro tem para bloquear a passagem de chamas e gases quentes comuns em uma situação de incêndio. 

Para serem estanques, as paredes de um ambiente seguro não podem ter trincas ou fendas que permitam a passagem de gases quentes ou chamas da face sob fogo para a face não exposta a chamas. 

Durante o ensaio previso pela norma NBR 10636, o corpo de prova precisa passar pelo chamado “teste do algodão”, em que um chumaço de algodão seco em estufa é mantido a uma distância de 20 a 30 milímetros de trincas ou outras aberturas durante o ensaio por um período de 10 a 20 segundos.  

Se o corpo de prova não for estanque, haverá a passagem de calor ou chamas que incendiarão o algodão. Mas se o chumaço não queimar e a trinca não apresentar chamas que durem mais de 10 segundos, significa que a parede está suficientemente hermética para isolar o ambiente contra a passagem de gases e chamas. 

Isolamento térmico 

O isolamento térmico é a característica de impedir que uma parede transmita excesso de calor em caso de incêndio. Essa resistência à transmissão do calor é essencial para impedir a extensão dos danos. 

Ela garante que, na superfície da face não exposta ao fogo, a temperatura não ultrapasse os limites determinados pela norma para garantir a proteção dos equipamentos instalados dentro do ambiente seguro. 

O objetivo deste teste é avaliar se o material empregado na confecção das paredes do ambiente garantirá um isolamento térmico satisfatório. Para isso, é feita a média aritmética das temperaturas registradas pelos termopares soldados à face do corpo de prova que não foi submetida ao fogo. 

No final do teste de isolamento térmico, a superfície do corpo de prova que representa o ambiente seguro não poderá ter um aumento de temperatura média superior a 140°C em relação ao início do ensaio. Além disso, nenhum dos sensores de temperatura deverá ter registrado, isoladamente, uma elevação superior a 180°C. 

Se essas condições forem atendidas, significa que o ambiente seguro terá os requisitos ideais para evitar que o calor se espalhe rapidamente em caso de um incêndio. 

Estes são alguns dos testes realizados para a certificação de resistência contra o fogo dos materiais que a Envolve produz em seus ambientes seguros. Muitas outras avaliações são realizadas para outros tipos de proteção, por exemplo, contra água e poeira, resistência contra arrombamentos, blindagem de campos eletromagnéticos, entre outros, de forma que um ambiente seguro esteja totalmente aprovado e certificado para uso. 

A Envolve Ambientes Seguros, por meio de seus canais de vendas, pode implementar em pouco tempo o ambiente seguro mais adequado para o seu negócio, totalmente operacional sem o sofrimento e dedicação que um trabalho convencional acarreta. Ao mesmo tempo, qualquer expansão subsequente do projeto terá um impacto muito menor na infraestrutura já instalada e, portanto, não haverá custos associados a paralisações.